Coelhos
Os primos dos coelhos, família Leporidae
Como já temos vindo a esclarecer desde o início, o coelho não se enquadra na ordem dos roedores, como muito erradamente se pensa, mas sim na ordem dos mamíferos lagomorfos, sendo um animal pertencente à família Leporidae.
Desta família fazem ainda parte outros animais, os “primos” do coelho e é sobre esses mesmos animais que este artigo trata, a fim de se aprofundar os conhecimentos gerais acerca da família dos coelhos.
Como é já sabido, o coelho caracteriza-se pela cauda curta e pelas orelhas e patas compridas. Sendo que estes animais se podem dividir em oito géneros distintos:
- Pentalagus;
- Bunolagus;
- Nesolagus;
- Romerolagus;
- Brachylagus;
- Sylvilagus;
- Oryctolagus;
- Poelagus.
Resumindo...
Coelhos
- Reino: Animalia, por ser um animal - Filo: chordata, por possuir coluna
- Classe: mammalia, por beber leite da progenitora à nascença
- Ordem: Lagomorpha, por ter quatro dentes incisivos, por não ter osso no pénis e porque o escroto se situa em frente ao pénis)
- Família: Leporidae, dentro da qual se distinguem a Ochotonidae (pikas) e a Leporidae (coelhos e lebres)
1. Coelho europeu
De nome comum, coelho europeu, e de nome científico, Oryctolagus cuniculus, este animal é considerado o "pai" dos coelhos de estimação por ter dado origem às várias raças que hoje em dia encontramos disponíveis para ter como pet's. O seu estado de conservação na natureza é pouco preocupante.
Coelho europeu
2. Coelho do pântano
De nome científico Sylvilagus aquaticus, o coelho do pântano encontra-se principalmente no sudeste dos Estados Unidos da América (E.U.A) e o seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho do pântano
3. Coelho do deserto
O coelho do deserto tem como nome científico Sylvilagus audubonii e é mais abundante na zona sudoeste dos E.U.A. O seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho do deserto
4. Coelho do chaparral
Syvilagus bachmani é o nome científico do coelho do chaparral. Este coelho é mais abundante na zona oeste dos E.U.A. O seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho do chaparral
5. Coelho brasileiro (Tapiti)
Syvilagus brasiliensis é o nome científico do Tapiti, também conhecido por coelho brasileiro. Este coelho é mais abundante na América do Sul e Central. O seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho brasileiro (Tapiti)
6. Coelho mexicano
De nome científico Syvilagus cunicularius, o coelho mexicano é mais abundante na zona da América Central. O seu estado de conservação é crítico, sendo uma espécie quase ameaçada.
Coelho mexicano
7. Coelho de Dice
De nome científico Syvilagus dicei, o coelho de Dice é mais abundante na América Central. O seu estado de conservação é bastante crítico, sendo uma espécie considerada em perigo.
Coelho de Dice
8. Coelho da Flórida
Sylvilagus floridanus é o nome científico do coelho da Flórida. Este coelho é mais abundante no este da América. O seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho da Flórida
9. Coelho das Três Marias
Sylvilagus graysoni é o nome científico do coelho das Três Marias. Este coelho é mais abundante no México e o seu estado de conservação é bastante crítico, sendo uma espécie considerada em perigo.
Coelho das Três Marias
10. Coelho de Omiltene
De nome científico Sylvilagus insonus, o coelho de Omiltene é mais abundante no México e o seu estado de conservação é muitíssimo crítico, sendo uma espécie considerada em perigo crítico.
Coelho de Omiltene
11. Coelho de São José
De nome científico Sylvilagus mansuetus, o coelho de São José é mais abundante no México e o seu estado de conservação é crítico, sendo uma espécie considerada quase ameaçada.
Coelho de São José
12. Coelho das montanhas
Também conhecido por coelho de Nuttall, o coelho das montanhas tem como nome científico Sylvilagus nuttallii. Este coelho é mais abundante na zona oeste dos E.U.A e o seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho das montanhas
13. Coelho do Brejo
Este coelho tem como nome científico Sylvilagus palustris e é mais abundante na zona este dos E.U.A. O seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho do Brejo
14. Coelho da Nova Inglaterra
O coelho da Nova Inglaterra tem como nome científico Sylvilagus transitionalis e é mais abundante na zona nordeste dos E.U.A. O seu estado de conservação é vulnerável.
Coelho da Nova Inglaterra
15. Coelho de Barinas
O coelho de Barinas foi recentemente descoberto, pelo que os dados relativos a esta espécie são ainda insuficientes para calcular o seu estado de conservação. Contudo, o seu nome científico é Sylvilagus varynaensis e é mais abundante na Venezuela (onde foi descoberto).
Por ser uma espécie recente,
não temos ainda nenhuma fotografia disponível
16. Coelho de Manzano
O coelho de Manzano era considerado como uma subespécie do coelho da Flórida, tendo sido recentemente desagregado dessa espécie. O seu nome científico é Sylvilagus cognatus e é mais abundante no Novo México (E.U.A). Os dados disponíveis para calcular o seu estado de conservação são ainda insuficientes.
Por ter sido recentemente desagregado de outra espécie,
não temos ainda nenhuma fotografia disponível
17. Coelho dos Apalaches
O coelho dos Apalaches é mais abundante nos E.U.A, sendo o seu estado de conservação pouco preocupante. Tem como nome científico Sylvilagus obscurus.
Coelho dos Apalaches
18. Coelho listrado de Annam
De nome científico Nesolagus timminsi, o coelho listrado de Annam é mais abundante nas montanhas de Annam, fronteira Laos e Vietname. O seu estado de conservação não é possível de definir pois não existem dados suficientes para tal.
Coelho listrado de Annam
19. Coelho de Sumatra
De nome científico Nesolagus netscheri, o coelho de Sumatra é mais abundante nas montanhas Barisan (Sumatra, na Indonésia). O seu estado de conservação é muitíssimo crítico, pelo que é considerada uma espécie em perigo crítico.
Coelho de Sumatra
20. Coelho de Amani
De nome científico Pentalagus furnessi, o coelho de Amani é originário do Japão, sendo por lá mais abundante. O seu estado de conservação é bastante crítico, pelo que é considerada uma espécie em perigo.
Coelho de Amani
21. Coelho bosquímano
O coelho bosquímano tem como nome científico Bunolagus monticularis. Este coelho é mais abundante no deserto do Karoo (Sul e Central, na África do Sul). O seu estado de conservação é muitíssimo crítico, pelo que é considerada uma espécie em perigo crítico.
Coelho bosquímano
22. Coelho Zacatuche
Também conhecido por teporingo ou por coelho-dos-vulcões, o coelho Zacatuche tem como nome científico Romerolagus diazi. Este coelho é mais abundante no México. O seu estado de conservação é crítico, pelo que é considerada uma espécie em perigo.
Coelho de Zacatuche
23. Coelho pigmeu
O coelho pigmeu é o coelho mais pequeno do mundo. Tem como nome científico Brachylagus idahoensis. Este coelho é mais abundante nos E.U.A e o seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho pigmeu
24. Coelho de Bunyoro
O coelho de Bunyoro é mais abundante no continente Africano. Tem como nome científico Poelagus marjorita. Este coelho é mais abundante nos E.U.A e o seu estado de conservação é pouco preocupante.
Coelho de Bunyoro
Lebres
A lebre insere-se na mesma família que o coelho, sendo sua "prima afastada". Apesar de serem muito parecidos, a lebre e o coelho distinguem-se facilmente pelo tamanho (a lebre é maior - 50 a 70 cm; 2 a 7 kg), pela cor (a lebre apresenta uma cor amarela acastanhada, sendo a mesma mais evidente na parte superior do seu corpo) e, sobretudo, pelas orelhas (evidentemente maiores nas lebres do que nos coelhos). Outra característica notável nas lebres é o comprimento dos seus membros posteriores, membros esses que lhe permitem atingir velocidades na ordem dos 55 km/H. Além disso, a lebre é um animal que também nada e trepa sem qualquer dificuldade. As suas crias já nascem com uma pequena capacidade motora e visual, nascendo também já com pêlo. A lebre divide-se em três géneros distintos:
- Lepus;
- Caprolagus;
- Pronolagus.
No total, cada género contém perto de 40 subespécies.
Lebre assobiadora (Pika)
A lebre assobiadora, também conhecida por Pika, é facilmente distinguida. As suas orelhas e membros são mais curtos do que as orelhas e membros do coelho. A Pika pertence à mesma família do coelho, inserindo-se no género Ochotona, onde estão enquadradas cerca de 30 distintas subespécies.
Texto cedido por Ana Santos, o qual foi adaptado.
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