Doenças dos coelhos
Coelhos

Doenças dos coelhos


Doença Hemorrágica Viral (DHV)

Causa: infecção por calicivírus
Transmissão: contacto directo e indirecto (insectos, aves, mamíferos, objectos contaminados, etc.)
Sintomas: pode ser assintomático, mas havendo sintomas poderão ser neurológicos (excitação, falta de coordenação) e/ou hemorragias pelo nariz ou outros orifícios naturais
Manifestação da doença: cerca de 48h após contágio
Prevenção: vacinação (deve ser feita no primeiro mês com reforço no segundo, sendo depois administrada de ano a ano) e controlo de insectos e objectos contaminados
Taxa de mortalidade: 50-100% (os que não morrem continuam a ser portadores da doença e a excretar o vírus durante cerca de um mês)

Mixomatose



Causa: infecção por poxvírus (fibroma de Shope)
Transmissão: principalmente por vectores (mosquitos, pulgas, etc.), mas também por contacto directo
Sintomas: corrimento nasal, olhos congestionados e inflamados com secreção purulenta, edemas generalizados (principalmente em redor da cabeça, como nos olhos e orelhas)
Manifestação da doença: 5 dias a uma semana após contágio
Prevenção: vacinação (a partir de um mês de idade com reforços de 6 em 6 meses) e controlo de insectos
Taxa de mortalidade: é fatal na maioria dos casos (mas não possuo números)

Patologia Dentária - alterações dentárias


Causa:
hereditárias, congénitas ou adquiridas (alimentação, trauma, deficiências durante o crescimento)
Sintomas: dada a natureza reservada dos coelhos, muitas vezes é difícil diagnosticar. Contudo podem ser observadas alterações no comportamento como beberem e/ou comerem menos. Deve-se estar atento pois quando se detecta já se pode estar na presença de infecções ou inflamações graves
Patologias associadas: devido ao relacionamento com outras estruturas anatómicas - abcessos, rinites, sinusites, alterações oculares e alterações neurológicas
Diagnóstico: exame oral completo (podendo ou não levar anestesia) e exames auxiliares (como radiografias)
Tratamento: de acordo com o que é observado o tratamento passa por correcção de um sobrecrescimento de dentes, a excisão de abcessos, remoção dos dentes afectados e outros procedimentos de acordo com o grau de envolvimento de outras estruturas da cabeça
Sucesso da intervenção: depende do diagnóstico precoce, dentição afectada e alterações já presentes

Pasteurelose - infecção respiratória

Causa: infecção por Pasteurella multocida (é uma bactéria comensal, ou seja, habita habitualmente no organismo dos coelhos, mas torna-se perigosa em situações em que as defesas imunitárias estão diminuídas)
Sintomas: alterações respiratórias, abcessos e infecções do sistema reprodutor (abortos, infecções uterinas, orquites e mamites) e em situações mais graves septicemia (infecção generalizada) e mesmo a morte (quando não tratada de imediato e evolui para pneumonia)
Prevenção: reduzir ao mínimo situações de stress/medo, evitar contacto com coelhos “suspeitos”, prevenir o aparecimento de outras doenças que possam fragilizar a sua saúde e, por último, a vacinação
Tratamento: administração de antibióticos

Toxoplasmose

Causa: parasita protozoário designado Toxoplasma gondii (tem o gato como hospedeiro definitivo, e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários)
Transmissão: comida ou água contaminada, pulgas e piolhos
Sintomas: febre, falta de apetite, prostração, muita sede, abdómen de tamanho aumentado, emagrecimento, anemia, diarreia fétida de cor esverdeada ou com sangue e convulsões (poderá existir paralisia da região posterior)
Diagnóstico: análise directa (através da identificação do parasita nas fezes) ou indirecta (através de análises ao sangue para detecção de anticorpos específicos)
Tratamento: administração de antibióticos

Sarna - dermatite

Causa: ácaro Sarcoptes scabiei (pode ser transmitido ao homem)
Primeiros sinais de alarme: o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, apresenta-se coberto com um pó branco, semelhante à farinha, assim como as suas patas. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasita na cabeça, procura coçar o local
Sintomas: forma crostas duras, de cor amarelo-cinza na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais. Lábios apresentam-se consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo até morrer.
Diagnóstico: análise das substâncias presentes na pele do animal
Tratamento: o tratamento deverá ser adequado a cada caso, sendo relativamente fácil se tratado antes da doença atingir a cabeça

Sarna Auricular

Causa: uma infecção parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho
Sintomas: forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, há formação de crostas ou escamas de cor amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal, pelo que os coelhos inclinam a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada
Tratamento: o veterinário indicará o tratamento mais adequado a seguir

Desinteria - infecção intestinal

Causas: pode ser provocada tanto por amebas como bactérias
Contágio: contacto directo, alimentos fermentados ou sujos, excesso da forragem verde de alimentação, intoxicações alimentares, parasitas intestinais, os alojamentos húmidos e calor intenso.
Sintomas: pêlos em volta do ânus sujos de fezes moles, ventre inchado, perda de apetite, bebem muita água, olhos baços e pêlos arrepiados
Tratamento: reposição de água e sais e antibióticos

Parasitas externos - pulgas e piolhos

Sintomas: queda do pêlo no dorso do animal e na cauda, pois, para atenuar as picadas do parasita o coelho procura coçar as partes atingidas, arrancando ele próprio o pêlo destes locais
Tratamento: desparasitação externa com Advantage 40 (NUNCA usar Frontline) e tratamento das zonas afectadas

Indigestão

Causas: excesso de comida, excesso de ingestão de produtos verdes e posterior fermentação (o que provoca gases) ou ingestão de plantas tóxicas
Sintomas: estômago endurecido e o ventre inchado, agitação e o coelho deixa de comer

Torcicolo ou pescoço torto (head tilt)

Causas: deficiência de Vitamina B, otites, tumor cerebral, AVC, trauma à cabeça ou pescoço, infecções por bactérias e na grande maioria devido a uma infecção parasitária, por E. Cuniculi
Sintomas: o coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que os músculos estão continuamente em contracção; o animal anda com grande dificuldade, girando frequentemente sobre um mesmo lado.
Tratamento: o tratamento pode passar por injecções de vitamina B, antiparasitários, tratamento da patologia que originou o torcicolo...

Acaríase

Causa: Psoroptes cuniculi (no pavilhão auricular), Cheyletiella parasitivorax e Listroporus gibbusé (próprios do pêlo)
Transmissão: contacto directo com os hospedeiros infectados, crosta de descamação ou material de cama contaminado
Sintomas: acumular de secreção serosa e de crostas castanhas no pavilhão auricular, áreas sem pêlos, húmidas e vermelhas, torcicolo, arranhões, escoriações, pêlos arrepiados, úlceras de pequena ou grande extensão.
Diagnóstico: a ser feito pelo veterinário
Tratamento: o tratamento deve ser específico e dependente do ácaro em estudo. Receitas caseiras devem ser abolidas pois muitas destas receitas possuem princípios tóxicos.

Anorexia

Causa: patologia dentária, privação de água, temperaturas extremas, dieta não palatável ou imprópria, alteração brusca da dieta, má oclusão, dor, perda de olfacto, stress, distúrbios metabólicos, toxemia, tricobezoar, neoplasia, factores mecânicos que impedem o acesso à comida, mudança brusca de alimentação ou do próprio comedouro ou bebedouro
Sintomas: perda de peso ou deficiência no ganho de peso, susceptibilidade a doenças devido à diminuição de resistência, desidratação, perda de ninhadas e morte.
Prevenção: alimentação limitada (1 ou 2 vezes ao dia) ou administração de uma dieta com alta concentração de fibras
Tratamento: utilização de alimentos adocicados ou os mais aceites, troca dos componentes da dieta e/ou bebedouros e comedouros, administração de polivitamínicos ou esteróides anabólicos, tratamento específico da anormalidade que causou a anorexia

Obesidade

Causa: dieta inapropriada (excesso de ração, falta de feno, excesso de calorias), inactividade
Sintomas: peso exagerado para a constituição óssea, barriga a tocar no chão, papos de gordura no pescoço, camada de gordura à volta do corpo de modo que não se consigam sentir as costelas
Prevenção: alimentação limitada (1 ou 2 vezes ao dia), administração de uma dieta com alta concentração de fibras (especialmente feno em detrimento de ração), obrigar o coelho a exercitar-se
Tratamento: dieta rica em feno e pobre em ração, exercício obrigatório

Encefalitozoonose

Causa: parasita intracelular obrigatório (protozoário), Encephalitozoon cuniculi
Transmissão: contacto da urina com a mucosa oral é a mais importante via de transmissão, embora a contaminação oral-fecal, respiratória e transplacentária também possam ocorrer
Manifestação da doença: esporos aparecem nos rins 31 dias após a inoculação e são excretados na urina até três meses após a inoculação.
Sintomas: retardamento no crescimento, tremores, torcicolo, paralisia, convulsões e morte
Prevenção: utilização de bebedouros tipo garrafas ou automáticos, comedouros apropriados e gaiolas adequadamente limpas
Diagnóstico: exame minucioso do paciente, radiografias do crânio e cultura de secreções otológicas
Tratamento: antiparasitários

Canal lacrimal preguiçoso

Causa: canal lacrimal entupido (poeira, sujidade...)
Sintomas: o coelho chora muito de um ou dos dois olhos
Prevenção: não usar areia como litter, evitar ambiente com poeiras
Diagnóstico: exame do coelho
Tratamento: lavagem com soro fisiológico e massagem do local (durante uma semana, após isso levar imediatamente ao veterinário se os sintomas persistirem)




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